24 de fevereiro de 2015

Um pequeno desabafo de uma pessoa magra


Hoje eu encontrei um blog diário de uma garota anoréxica. Eu li a maioria de seus posts e fiquei horrorizada com o que lia. É tanto desespero, tanta dor, tanto sofrimento por um simples desejo: a magreza.
Eu que sou magra não gosto de ser. Não me sinto feliz com meu corpo extremamente magro e ridículo. Não posso vestir certas roupas que gosto por serem grandes demais e minha autoestima cai porque eu não me sinto feliz assim. Não gosto de me expor em praias porque em algumas partes meu osso é exposto e tenho medo de piadas e brincadeirinhas de mau gosto.
Ai eu me pergunto... Qual seria o corpo ideal? Seria a extrema magreza? Ou algo mais cheinho com curvas, bunda, coxa, peito? Ou somente seios grandes? Uma bundona? Qual é realmente o certo?
A questão é que não existe corpo certo, o ideal. E sim aquele que é imposto a nós para que sejamos aceitas na sociedade, para que sejamos desejadas pelos garotos. O corpo ideal é aquele que te faz feliz. É quando você se olha no espelho e se sente bem. Quando você pode comer o que quiser sem se importa se vai engordar. É quando você não ta nem ai.
Eu digo, tento repetir isso para mim todos os dias, mas é tão difícil. Se eu penso assim, por que não consigo realmente colocar em pratica? O que vale mais, ser aceita por eles ou a minha felicidade?
Pessoas “gordas” estão presas no corpinho magro. Pessoas "magras" estão presas em um corpo onde mesmo sendo desejado por tantas é tão criticado.

8 comentários:

  1. Cara, eu acho que te entendo. Eu também sempre fui uma menina mais magra, e isso já me irritou muito, especialmente em um momento específico na minha vida (ainda me importo um pouco com isso, mas tudo bem). Afinal, vivemos num mundo onde existem pessoas diferentes uma das outras, então logicamente ninguém possuirá o corpo igual da outra. Não existe corpo ideal, e principalmente "perfeito". Eu sei como é difícil, porque tinha época que eu me olhava pro espelho e me perguntava porque eu não tinha tanto peito ou tanta bunda como fulana tinha, e isso muitas vezes fazia minha autoestima cair tanto. Mas o segredo é você olhar todo dia para o espelho e dizer para si mesma o quanto é bonita. Porque chega uma hora que você se elogia tanto, mesmo no fundo estando meio insegura quanto a aquilo, que você começa a perceber que você tem razão, e acreditar no que você mesma está dizendo, que você é bonita independente se você é magra e não tem aquele "corpão".

    Eu sei que o comentário ficou grande, mas só queria me expressar e dizer aqui tudo o que eu precisei ouvir/ler para me dar conta de que todas as minhas inseguranças sobre o meu corpo não precisavam ser levadas tanto a sério, e só se passavam disso: inseguranças. Porque, a partir do momento que você começa a acreditar e a gostar mais de si mesmo, você não passa a se importar tanto com o fato de ser corpo não ser "violão". Desculpa se alguma frase estiver meio sem nexo ou escrita de maneira errada, porque eu não reli o comentário hahaha. E poste logo o primeiro capítulo!! Beijos!!

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    1. É, acho que vou tentar isso. Preciso aumentar o meu ego.
      Que isso, adoro que exponham suas opiniões e adoro ler mesmo que seja grandinho...
      Eu já tenho autoestima baixa e ainda fico inventando coisas, como pode? hahaha
      Vou postar o prefácio antes e.e beijos

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  2. Lá vou eu ser do contra...
    Sou exatamente o oposto de você, sempre fui gordinha.
    Eu lembro que desde que tinha uns 8 anos de idade eu comparava o meu corpo com o das outras meninas da minha sala, com isso, cheguei a uma conclusão: eu era a segunda mais gorda da sala, e isso me incomodava mais do que posso descrever. Hoje eu percebo o quão cruel a situação era, uma criança, que deveria estar brincando sem se preocupar com o peso. Eu tentava, mas sempre que eu tentava acompanhar as outras crianças, eu não conseguia, e na maioria das vezes caía. O resultado? 20 crianças apontando pra mim e rindo.
    Com o tempo eu cresci (um pouco demais, até kk) e o peso se distribuiu melhor, mas mesmo assim, fora do que era considerado "bonito".
    Quando eu tinha uns dez anos, tinha crises de nervos por causa disso e parava de comer. Ficava as vezes dois dias com apenas uma refeição. Mais tarde, tentei praticar bulimia, mas graças a Deus, nunca consegui vomitar.
    Desde então, meu peso não sofria grandes alterações, e eu fui me importando menos com aquilo. Até 2013, quando cheguei aos 82 quilos. Eu entrei em pânico, mas dessa vez, não por causa da estética, mas por causa da minha saúde. Na minha família tem alguns casos de obesidade mórbida, e eu estava indo pelo mesmo caminho. Foi então que deixei minha arrogância de lado e resolvi me consultar com uma nutricionista. Consegui chegar aos 75 quilos e normalizar meu peso (pra minha altura e estrutura óssea, esse peso é saudável).
    Ainda me sinto desconfortável com o meu corpo, mas estou resolvendo isso aos poucos, sem exageros.
    O padrão de beleza imposto pela sociedade muda a cada geração, de gordinhas para modelos magérrimas, até chegar ao padrão siliconado de hoje. Aí eu pergunto: Vale a pena se destruir para se encaixar em um padrão que daqui a 10 anos (ou menos) será outro? Vale a pena sacrificar a sua felicidade para ser aceita, e para que os outros te achem bonita? Nada disso adianta se você não se sentir bonita.
    Você é linda, independente do que os outros digam.
    Beijos!
    (espero pelas notícias da nova fic u.u)

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    1. Quando você disse que seria do contra achei que ia ser na opinião, ja tava "oxente".
      Que bom que não seguiu com a bulimia, por favor.
      Você tem tipo 25 quilos a mais que eu (já notou a minha situação?)
      Eu pesquisei mais sobre a assunto e vi que as mulheres não são as únicas que sofrem com esses padrões e cheguei a conclusão que a sociedade de autodestrói.

      Obrigada pelo elogio <3
      Vou postar o prefácio.

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    2. Infelizmente é verdade, esse mal não escolhe gênero, afeta a todos :/

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  3. "É tanto desespero, tanta dor, tanto sofrimento por um simples desejo: a magreza." queria que não tivesse me afetado tanto quanto afetou. Tenho um transtorno alimentar desde criança, já nasci com "isso" em mim, odiava comer e era esquelética, chorava para tomar aqueles remédios para apetite e só piorou com os anos. Mesmo sem comer, sempre fico com o peso mediano e por mais que digam que estou magra, eu me vejo gorda, descobri que se me pesar consigo ver o quanto estou magra mesmo quando me vejo com outro peso no espelho e esse ano emagreci até nove quilos em dias, chegando aos 42 quilos. Só percebi que tinha um distúrbio quando pessoas começaram a apontar isso. Comecei a desmaiar na rua milhares de vezes por não comer por dias, toda vez que saio de casa tenho que sair acompanhada para se desmaiar alguém conhecido estar por perto, minha mãe tinha que me vigiar comer e até me dar comida na boca mesmo que eu chorasse (para uma menina de 17 anos, era como se eu fosse criança novamente) e fui parar até no hospital, mas nunca estive satisfeita, nunca estou magra como quero. O que realmente eu quero? Comida me deixa tão enjoada as vezes, dá uma vontade incrível de morrer. Sinto que a doença engana o doente, muitas vezes sinto que sou saudável e que é normal não comer por mais de três dias, comendo um só biscoito para enganar o estomago e mesmo assim doer; que isso é um comportamento comum meu. Em outros, consigo ver o que faço comigo mesma. Estou sempre emagrecendo e voltando ao peso normal, então emagrecendo novamente e nem preciso dizer que meu corpo sofre com isso. Em tempos bons chego aos 49/50 quilos, em outros... A pior parte é ouvir as pessoas dizendo o quão doentio disturbios alimentares são e que é frescura, ou aquelas que te forçam a comer mesmo que para seu próprio bem, dizendo que você é maluca e gritando com você por não conseguir algo que eles acham simples, deveria ser simples. Então por que não é?
    Para mim sempre foi difícil. Aprendi a manipular as pessoas ao meu redor para fazê-las pensar que estou bem, tanto que demoraram a perceber o problema e eu até mais ainda.

    Espero que um dia, as pessoas parem de seguir estereótipos, que parem de magoar uns os outros e que parem de se magoar, principalmente. Até lá, ainda estarão tentando encontrar uma perfeição que não existe.

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    1. Eu estou aqui relendo e relendo o seu comentário. Isso é algo que eu nunca imaginaria de você. Tudo bem, ainda não te conheço, mas eu me surpreendi 100%. Quando eu escrevi este texto, há 8 meses eu estava bem sensibilizada e agora todo o sentimento voltou.
      Eu nunca conheci ninguém com nenhum distúrbio alimentar. Quer dizer, minha amiga já teve um inicio, mas eu não a conhecia na época. Minha relação com o corpo sempre foi assim: eu era a única criança magra da minha família e não, eu não gostava. Minha meta sempre foi engordar. Só que eu nunca consigo. Eu meio que tenho traços inconscientes de distúrbios alimentares. Eu posso ficar um dia inteiro sem comer nada que não me fará nenhuma falta. Eu quero engordar? Sim. Mas a comida para mim soa como algo bem desnecessário, sabe?
      Eu tenho quarenta quilos atualmente e para mim não está bom. Apesar de todos me falarem que meu corpo é perfeito. Perfeito para quê? Para quem? Para mim não é. E para mim ele deveria ser. Meus ossos aparecem e para mim é tão ridículo, me sinto tão “exposta”. E me dói ver meninas que adoecem por isso. Eu só digo uma coisa para você: emagrecer não vale a pena. Quer dizer, você alcançará seu objetivo, mas e depois? Quando se olhar no espelho e ver que está com o corpo tão sonhado o que irá pensar? Valeu a pena? Você estará feliz?
      Eu realmente não sei como ajudar, mas eu já pesquisei muito sofre o assunto. O pior é ver as pessoas ignorantes que acham que é “frescura”. Essas mesmas pessoas tratam doenças como depressão com desdém. O conselho que posso te dar é: se você não está à vontade não faça. Não se obrigue, pois assim você encarará a comida como um inimigo. Se entupir de comida também não é a solução. Comece no seu tempo, coma coisas pequenas de três em três horas. Algo que você goste e te dê prazer. Que tal uma salada de frutas? O importante é não encarar isso como uma obrigação, que você só está fazendo isso para agradar sua mãe ou qualquer parente, mas para fazer bem a você mesma. Nota: você está escutando um conselho de uma menina de 14 anos hdsdsjhahjs
      Mas falando sério, se você quiser me contatar a gente pode conversar mais abertamente sobre isso. Estou aqui se precisar, falando sério 

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